Materiais:
Enviada em: 24/05/2018

A cultura do estupro e sua normalização é um problema que vem sendo cultivado há centenas de anos e que está enraizado em nossa sociedade. Podemos encontrar vestígios do assunto em pauta em fatos históricos, como na idade média, quando os vassalos casavam e a noite de núpcias de suas mulheres eram com o senhor feudal, o que era conhecido como "direito da primeira noite".  Desde muito cedo as mulheres eram tidas como objetos sexuais e incapazes de manifestar opinião, resultado do nosso patriarcalismo que nos assombra até os dias atuais quando é imposto que a vítima de estupro e/ou assédio sexual deveria se vestir com roupas mais "adequadas" e menos "provocativas" se não quisesse ser atacada, ou quando é sugerido qualquer argumento que denote que a culpa é do abusado e não do abusador.  O estupro é um dos crimes que mais ocorrem nos países e, ainda assim, possui uma baixa repercussão por ser considerado algo trivial, visto que os principais casos ocorrem dentro dos relacionamentos, quando uma das partes se recusa a ter relação sexual, mas não é escutada ou acaba se sentindo na obrigação de fazer o ato por se tratar de seu parceiro. Ademais, a maioria das mulheres não se sentem no dever de tomar providências, mesmo se sentindo constrangidas e violadas, por estarem sujeitas à conviver com o assédio diariamente e isso acabar se tornando algo usual, como quando são abordadas na rua com cantadas e comentários pejorativos em relação à seus corpos e aparências.  Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. A Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, juntamente com o Ministério da educação, deveriam promover palestras e campanhas publicitárias para conscientizar a população sobre o assunto e não permanecerem em silêncio, entendendo que a culpa nunca é da vítima, e também ensinar algumas formas de se defender do agressor. Assim, evitaremos que a cultura do estupro continue sendo passada adiante e cada vez mais mulheres saibam como se proteger.