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Enviada em: 06/06/2018

O estupro caracteriza-se como por praticar sexo com alguém sem consentimento da pessoa. Na histórica sociedade machista brasileira a mulher é tida como um objeto sexual, e devido a isso, a maioria esmagadora das vítimas são mulheres. Para compactuar com essa cultura do estupro, estão diversos conteúdos na mídia, seja na TV ou na internet. Devido a isso, milhares de mulheres são violentadas sexualmente todos os anos, e grande parte delas não denunciam o crime por pressão das pessoas, que costumam condenar a vítima.    Dessa forma, existem várias formas de estupro: drogar e abusar da mulher, estando desacordada ou não, forçar sua companheira a ter relações sexuais, e também os casos em que o criminoso coage a vítima física ou psicologicamente. Todos esses casos são crimes bárbaros, independente de como aconteça.    Além disso, o que corrobora com tais atos é o passado machista do país e também o presente. Livros como Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, relatam como na sociedade aristocrata a objetificação da mulher ocorria, na qual as mulheres "de casa" deviam ser recatadas e serviriam para procriação, já  as mulheres "dama" eram as dos cabarés, que "divertiam" tantos casados quanto solteiros, em todos os casos, indivíduos do sexo feminino eram rebaixadas as relações sexuais, apenas. Atualmente, diversas formas de apologia ao estupro são mostrados na mídia, músicas de funk como "Baile de Favela" e "Surubinha de Leve", além das propagandas de cerveja, nas quais as mulheres aparecem apenas de biquíni e sendo assediadas por homens.    Sendo assim, o resultado disso, é que segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada ano no Brasil, 50 mil pessoas foram estupradas, e de acordo com o órgão, esses dados revelam apenas 10% dos casos, pois os outros  90% são de indivíduos que não denunciaram o crime. Desse modo, a prática de não denunciar os agressores se dá, sobretudo, pelo fato do julgamento que a população faz da vítima, com frases prontas como "com essa roupa curta, tava querendo" e "ninguém mandou ficar bêbada na balada".    É necessário, portanto, que seja combatida a cultura do estupro no Brasil. Primeiramente, o Ministério das Comunicações deve retirar de circulação, qualquer conteúdo que objetifique a mulher. Em segundo lugar, o Ministério da Justiça tem que tornar os processos de estupro os mais sigilosos possíveis, para não expor a vítima, pois, assim encorajaria mais mulheres a denunciarem o abuso. Tudo isso é imprescindível para que amenize, na sociedade brasileira, a visão de que a mulher é apenas um item de prazer.