Enviada em: 25/07/2018

O teorema social       Banalizar, sexualizar e reificar: estas são as vertentes da cultura do estupro. No Brasil e no mundo mulheres são assediadas e violentadas, entretanto, no meio dessa cultura a culpa não é do agressor e sim da vítima. A causa disso é o retrato construído das mulheres através dos séculos, no qual as tornaram objetos com determinada função, além do cultivo dessas atitudes transportadas pelas gerações familiares, nas quais a educação mostra-se de fundamental importância.        Dentre tantos aspectos que corroboram para que essa cultura continue viva, vale ressaltar os que aparentemente não representam nenhum mal. A mulher de biquíni nas propagandas de cerveja, como se ela fizesse parte do produto. As personagens femininas em jogos virtuais em trajes que as sexualizam enquanto que as masculinas usam roupas que cobram todo o corpo. São esses detalhes que fomentam a cultura do estupro e naturalizam o assédio que as mulheres sofrem, responsabilizando-as dessas atrocidades.       Além disso, as instituições formadores do cidadão também apresentam problemas. O exemplo que mais se destaca é as escolas, uma vez que são estas que darão as diretrizes morais para a construção do indivíduo. Em 500 anos antes de Cristo o filósofo e matemático grego Pitágoras já dizia "Educai as crianças e não será preciso punir os homens": se a geração atual apresenta problemas como a cultura do estupro, a razão disso é por ter as educado dessa forma durante todo o processo de formação social.        É imprescindível, dado o exposto, a necessidade do desenraizamento desses costumes que objetificam a mulher. O Poder Legislativo deve criar leis que proíbam e fiscalizem qualquer forma de objetificação das mulheres pela mídia, pois esta detém o poder de como retratá-las. Enquanto que o Ministério da Educação deve inserir na matriz educacional aulas voltadas ao consentimento, principalmente ao ensino fundamental, no qual estão os mais jovens, no intuito de formar cidadãos conscientes para a sociedade.