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Enviada em: 30/07/2018

Nos últimos meses muito se tem falado sobre a cultura do estupro. Várias pessoas, em sua maioria mulheres, tem usado as redes sociais e a mídia para demonstrarem sua revolta com o alto numero de casos de estupro e assédios que acontecem todos os dias no país. A cultura do estupro é inferiorizar a mulher e culpa-la por sofrer as agressões, além de constrangê-la publicamente por suas escolhas pessoais.       Nos livros de história é comum encontrarmos relatos de que as mulheres sofriam com a inferioridade que lhes era dada em relação ao homem. No Feudalismo, por exemplo, a mulher pobre servia para afazeres domésticos enquanto as nobres serviam como objetos sexuais. Nos dias hoje, as mulheres conquistaram, na maior parte do mundo, os mesmos direitos que os homens, podendo até chegar a presidência de um país. Embora conquistarem muitos direitos às mulheres, assim como no passado, ainda são inferiorizadas e colocadas como objetos sexuais. Em 2018, na Copa do Mundo da Rússia, um grupo de rapazes brasileiros espalhou um vídeo na internet, onde, por diversão, expunham uma garota estrangeira com palavras que faziam alusão a seus órgãos sexuais. No mesmo evento, se reuniram para pedir respeito, pois eram constantemente assediadas enquanto trabalhavam. Atos como estes nos mostram como as mulheres ainda são inferiorizadas e colocadas como objetos sexuais.      No Brasil o numero de vítimas do estupro é grande, e poucos desses casos são relatados. A polêmica do assunto e o medo das vítimas em serem julgadas como culpadas pela agressão às silenciam, dificultando que o agressor seja descoberto. O estupro, além dos problemas físicos, causam as vítimas problemas emocionais e sociais, como o medo de se relacionar com outras pessoas e a depressão, além do medo de saírem sozinhas pela rua.       Diante disso mostra-se que medidas devem ser tomadas para o aumento da segurança dessas mulheres. Ao Ministério da Educação cabe o dever de combater a inferiorização da mulher, com palestras, projetos e aulas dinâmicas nas escolas que incentivem o pensamento de igualdade, além de ensinar a identificar quando a brincadeira se torna assédio. Também ao Ministério da Educação cabe promover programas de orientação aos pais, para que possam perceber comportamentos dos filhos que podem indicar que houve assédio. Ao Ministério da Saúde cabe realizar programas para a saúde mental das vítimas, em que psicólogos e psiquiatras possam ajudar a enfrentarem possíveis traumas. O Poder Público deve criar e sancionar novas leis tornando o assédio um crime com estipulação de pena criminal. Desta forma podemos diminuir os casos de estupro e dar à mulher mais segurança de que um dia possam sair nas ruas sem o medo de não voltarem para casa.