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Enviada em: 30/07/2018

O fim da obediência                                                                             "Quando um não quer, dois não brigam." O dito popular parece claro, mas não é. Muitas pessoas tem dificuldades para entendê-lo, sobretudo, os homens. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, observa-se a cultura do estupro como uma conduta consequente da má interpretação do sim e do não; que é amplamente incentivada pelo machismo presente na sociedade e pela grande mídia, respectivamente.    Convém ressaltar, a princípio, que a subserviência da mulher é a prova mais concreta de que o machismo comanda o pensamento e o comportamento da coletividade. Apropriando-se disso, vale sobrelevar o livro "O Memorial de Maria Moura" da escritora brasileira Rachel de Queiroz. Na obra, a autora conta a história de uma mulher sertaneja que é violentada pelo padrasto e precisa vestir-se de homem para ter o respeito necessário de seus empregados - tudo se passa no século 19. Nessa conjuntura, é possível constatar que o machismo é um algoz antigo, e que se manifesta de maneira devassada em diferentes tempos e lugares, sempre anulando o direito da mulher e subjugando-a como errada.      Outrossim, verifica-se que o pepel exercido pelos meios midiáticos nesse cenário, é em grande parte o de corroborador do problema. Com isso, cabe citar a célebre frase do Ministro de propagandas da Alemanha Nazista Joseph Goebbels  "uma mentira dita mil vezes torna-se verdade", isto é, se for falado todos os dias mesmo que de modo sutil e inconsciente, o indivíduo tende a acreditar que o discurso é real e repeti-lo. A exemplo tem-se o funk Malandramente cantado pelo Dennis e MCs Nandinho e Nego Bam, que diz "ah, safada! Na hora de ganhar madeirada a menina meteu o pé para casa", objetificando a figura feminina. Análogo a discussão, nota-se também a ideia criada pelos filmes infantis de Lobo mau, ou seja, ainda existe um conceito de quem faz coisas ruins é aparentemente feio, quando na prática acontece o contrário, um estuprador pode ser um parente.       Diante dos fatos supracitados, faz-se mister que o poder legislativo crie a lei "respeito cultural", que obrigará todas as produções culturais produzidas de 2014 em diante seja revisada com rigor, em coso de contrariedade que se pague uma multa diária de R$ 3.000,00 reais e que esse valor seja investido em publicidades que reverencie o feminismo, tudo para que o a mulher torne-se valorizada. Também é fundamental  que as escolas elaborem trabalhos como: leitura e interpretação de texto, peças teatrais com literaturas que abordam a mulher no mundo, e que mulheres como: a Malala, Simone do Beavoir e a Maria da penhas sejam contadas com tom de heroísmo. Dese modo, escutar um não será natural.