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Enviada em: 27/07/2018

A palavra cultura não está apenas relacionada a artes, folclore e coisas bonitas. Esta palavra também é usada para falar sobre comportamento coletivo, ou seja, a maneira como as pessoas vivem em em sociedade. A cultura do estupro é um contexto no qual o estupro é normalizado devido atitudes sociais sobre gênero e sexualidade. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estimam que 575 mil estupros acontecem por ano no Brasil e que em 90% dos casos os agressores são do sexo masculino e 88% das vítimas são do sexo feminino.   Podemos ver a objetificação da mulher em muitas campanhas publicitárias e músicas atuais quando esses meios de comunicação focam a atenção no corpo da mulher, promovendo assim o pensamento machista de que a mulher é algo desfrutável e não um indivíduo. Disseminar termos que denigrem as mulheres, permitir a objetificação do corpos delas e glamorizar a violência sexual nada mais é do que contribuir para a cultura do estupro.      Há um imaginário comum de que o estuprador é um desconhecido, mentalmente desequilibrado e marginalizado pela sociedade, quando na verdade mais de 50% dos estupros sofridos por crianças e adolescentes foram praticados por pessoas conhecidas, como pais, padrastos, namorados e amigos. Em adultos, os estupros praticados por conhecidos são quase 40% dos casos segundo dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2014.      A educação é uma forma de enfrentar o machismo desde cedo e combatê-lo. Introduzir aulas de educação sexual nas escolas é uma maneira não só de ensinar sobre prevenção de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis mas também de falar sobre violência sexual, pois isso ajudará as crianças a identificarem a violência, caso venha ocorrer e também a evitar que elas cresçam sem noção sobre os limites do outro.