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Enviada em: 26/07/2018

Muito se tem discutido, recentemente, acerca da violência sexual no país, dados apresentados pela BBC Brasil, mostram que houve aumento no índice de abusos contra crianças e jovens, correspondendo 51% dos casos. De certo, são reflexos de uma sociedade historicamente patriarcal e  machista, a qual vem marcando por séculos suas vítimas, por isso,  é imprescindível o combate á cultura do estupro.    Surpreendentemente, ao se examinarem alguns fatores, verifica-se que a coletividade caminha contrária ao problema, uma vez que, as pessoas são influenciadas por mídias digitais e televisivas, as quais trabalham com o excesso de exposição e erotização, por exemplo a adultização da MC Melody, cantora de funk de apenas 11 anos, como também, a ascendência de músicas regionais que  tratam de temas abusivos com insinuações de atos proibidos ou mesmos libidinosos.     Consequentemente, observa-se uma inversão de valores morais, em que a vítima é colocada como aliciadora da situação, a qual está sendo inserida, fazendo, dessa maneira, ser vista como um objeto ou causadora do mal. Além disso, a falta de punibilidade aos agressores,e as leis brandas não trazem a segurança efetiva e necessária as vítimas, ocorrendo, desse modo, a negativa nas denúncias, já que o índice de condenação para esse tipo de crime é baixíssimo.       Tendo em vista os aspectos apresentados, fica clara, portando, a necessidade de resolução desse impasse. O Ministério da Justiça em parceria com o Ministério Público devem fomentar campanhas de conscientização sobre o tema, promovendo palestras e distribuindo cartilhas, com informações de como as vítimas devem proceder, e os canais de denúncias contendo informes de contato. Além da população de forma sistêmica, por intermédio das mídias sociais fortalecer o combate á cultura do estupro.