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Enviada em: 27/07/2018

O legado sociocultural do estupro   É indubitável que a cultura do estupro está enraizada na história sociocultural da humanidade. Opção sexual, tamanho das roupas, satisfação do parceiro, entre outros, são um dos motivos que alguns cidadãos consideram que a vítima "pediu" para que seu corpo fosse violado por outra pessoa, essa é uma das problemáticas que urgem de forma exorbitante na sociedade, não só o estupro em si, mas o legado de que a vítima mereceu passar por tamanha crueldade.  Desde os primórdios, as mulheres tiveram seus pensamentos, opiniões, e direitos vetados pela sociedade, após uma luta constante, elas conseguiram adquirir direitos e leis, que as fizessem ser tratadas de forma "igualitária" aos homens,porém, alguns "dogmas" perpassaram a história. Um desses "dogmas" é repressão sofrida pelas mulheres por sua opção sexual, que muitas das vezes ao serem violentadas sexualmente, são julgadas como culpada por tal crueldade, com a justificativa de que tais constrangimentos e dores foram impostos para ensina-las a gostar de "homens".    Sob esse viés, vale ressaltar, que cerca de 50 mil pessoas registram queixas de estupro por ano no Brasil, isso é porque apenas 10% das pessoas denunciam essas violências, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 90% pessoas não denunciam, por medo, por vergonha e principalmente pelo preconceito, que é consolidado pelo machismo e pensamento retrógrado  através de pré-julgamentos, no qual essas mulheres não atendem o esteriótipo de mulher "recatada e do lar", pelo tamanho e modelos de suas vestimentas, passando a ser consideradas culpadas por terem sofrido abusos.  Além disso, esposas e namoradas que são forçadas pelos parceiros a terem relações contra sua vontade, muitas das vezes são induzidas por eles e até por outras pessoas, a acreditarem que tal absurdo e submissão é seu dever como mulher criando uma noção distorcida do que é certo, indo contra seu corpo e sua vontade para a satisfação de outro individuo.    Enfim, tomando como um norte, que é dever do Estado proteger essas mulheres, o Governo deve entrar em parcerias com as mídias, redes sociais e ONGs com propagandas, no intuito de conscientizar a população e as pessoas que foram violentadas, as várias formas de estupros e que em nenhum caso a vitima merecia tal agressão, oferendo apoio gratuito com pessoas treinadas na nessas ONGs. Ademais, o governo deve em parceria com poder legislativo, para criar mais delegacias especificas com psicólogos treinados , no intuito de oferecer, sigilo, apoio e proteção as vitimas para que denuncie seus agressores.