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Enviada em: 03/08/2018

O mundo enfrenta diversos problemas no âmbito da inclusão, respeito e igualdade em relação às mulheres em distintas esferas da sociedade. Nesse contexto, encontra-se o conceito de Cultura do Estupro, sintetizado na década de 60 no movimento feminista estadunidense, que, infelizmente, ainda está presente atualmente, tal aspecto é um parâmetro com o abuso sexual e a culpabilização da vítima pelo ocorrido. Assim, convém ressaltar que, esse pensamento é uma das consequências do Patriarcado que se dissocia em diversas faces, que em maioria fere a dignidade feminina. Além disso, o julgamento da sociedade sobre o estupro ocasiona a diminuição de denúncias.     O termo Patriarcado é definido como o domínio masculino sobre as mulheres no ambiente social em geral, ou seja, a superioridade. Então, a disseminação disso nos dias atuais resultadas inúmeras consequências em cadeia, o machismo que acentua a cultura do estupro, por exemplo. A população passa pelo processo de socialização, no qual possui como agente a igreja, Estado, família e a mídia, em que divulgam e ensinam implicitamente ou não, a inferioridade e objetificação feminina. Em decorrência dessa cultura, todas as mulheres estão propensas a se tornar vítimas, por isso são coagidas, tornando-as impotentes para buscar igualdade e liberdade.    Com base nisso, vale evidenciar dados o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que, apenas 10% das tentativas ou estupros são denunciados, notando assim que as vitimas deixam de buscar por justiça. Isso decorre por diversas vertentes, mas uma delas é o julgamento social, no qual culpa as mulheres são culpadas pelos atos, pois há o detalhamento do perfil das mulheres e não do seu agressor, podendo se dizer que é um crime onde a agredida precisa provas sua inocência, pois após o a violação sexual continua a ser violentada pela sociedade e o Estado. Contudo, muitas deixam de denunciar e seguem caladas com seu corpo e alma feridos para evitar questionamentos.    Diante do cenário apresentado, é indispensável à compreensão de mudança, com leis e atitudes que toda a sociedade poderá efetivar. Em razão disso, o Poder Executivo deve atribuir maior relevância sobre o assunto, pois é um grande influenciador da socialização, isto é, irá interferir positivamente em tal, com campanhas e divulgações de disque denúncias, enquanto nas escolas poderá ter palestrar e posteriormente integrar isso no cotidiano dos alunos nas aulas sobre respeito e igualdade de gênero sendo regulamentado por Órgãos governamentais, como o Ministério da Educação no Brasil, por exemplo. Além disso, o Poder Legislativo deve sancionais leis eficácias e garantir que sejam cumpridas, assim trará segurança as vítimas. Dessa forma, enquanto as mudanças governamentais não ocorrem, a população poderá promover manifestações em busca de agilidade e consentimento sobre tal.