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Enviada em: 29/07/2018

Costume de respeito e igualdade    Cultura, para muitos, pode ser entendida como ações e pensamentos que permanecem por gerações dentro de um determinado grupo devido à prática frequente. Com isso, a cultura do estupro permanece na sociedade devido a omissão dos casos de abuso sexual por parte da vítima e pelos mesmos serem ignorados perante a justiça.   Nesse sentido, com receio de serem julgadas pela família e amigos muitas mulheres não denunciam seus agressores. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada apenas 10% dos casos de estupro são notificados. Tal fato contribui para manutenção de constrangimentos, intimidações e casos de estupro na sociedade brasileira pela falta da devida punição.    Sob essa perspectiva, todos os casos que são ignorados pela justiça torna o crime cada vez mais banal e propensos a serem cometidos diversas vezes por apenas uma pessoa. Outro dado que torna evidente a existência da cultura do estupro provem do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nele constata-se que cerca de 50 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil.    Sendo assim, em um primeiro momento o Governo Federal deve investir em segurança pública aumentando o quantitativo de policiais nas ruas e de juristas que determinem e investiguem os casos não conclusos de abusos de cunho sexual. Isso somente será possível com a abertura de novos cargos para Polícia Civil, Militar e Ministério Público, que deverão ser admitidos por meio de concurso público.     Não somente, a longo prazo o Ministério da Cultura e Educação deve investir, por meio da aquisição de verba pública, em campanhas de conscientização social de jovens e adultos, que evidenciem as consequências da impunidade de tais crimes. Assim como deve instrui  conceitos de humanidade, como e a quem a população deve recorrer em caso de abuso sexual. Por fim, as escolas e o ambiente familiar devem ser capazes de ensinar alunos, filhos e filhas em idade de aprendizado a concepção de igualdade e respeito entre homens e mulheres.