Enviada em: 28/07/2018

Ao longo do processo de formação do individuo, pensamentos machistas  e o esteriótipo de mulher do "lar" consolidam-se.Contudo, diariamente mulheres que não seguem esse padrão de moça para casar são assediadas. Além disso, a falta de politicas eficaz e o pensamento machista criado pela sociedade agregam para essa cultura.       É inadmissível que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema.Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se que, no Brasil, a falta de políticas e delegacias especializadas em crimes de estupro rompem com essa harmonia, haja vista que, embora existam leis que punam, há brechas, como o medo da denúncia, a exposição e o julgamento da vítima como culpada, que deixam de efetivar as leis. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da pratica da regulamentação como forma de combate à problemática.       Outrossim, o pensamento machista é algo presente na sociedade. Este, muitas vezes é passado por gerações.A mulher é vista como alguém que serve apenas para ser dona de casa e que quando não segue esse padrão é taxada como uma vagabunda, esse pensamento se espalha e faz com que muitos acreditem que o comportamento ou roupas que uma mulher veste são motivos para tal crime.Assim, a cultura do estupro passada de geração para geração  agrava o problema no Brasil.       Entende-se, portanto, que a continuidade dos estupros é fruto da ineficácia das leis do Estado e de um pensamento passado por gerações. Para atenuar o problema, o Governo Federal, em parceria com o Legislativo, deve criar mais delegacias da mulher e modificar o atendimento às vítimas, priorizando-as e oferecendo sigilo, proteção e apoio emocional a elas, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto as emissoras e às redes sociais, propagando o combate à cultura do estupro por meio de denúncias e acolhimento sem pré-julgamentos à vítima. Dessa forma, será possível restaurar a harmonia proposta por Aristóteles.