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Enviada em: 29/07/2018

Um problema de gerações  Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a persistência da cultura do estupro no Brasil, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como, os inúmeros casos de assédio sexual e a visão segregacionista de gênero.    É indubitável que as questões constitucionais e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o assédio contra as mulheres rompe essa harmonia, haja vista que, os casos de assédio sexual, vem aumentando demasiadamente ao longo dos anos. Diante disso, vê-se que tais casos, devem-se mormente à ineficácia do poder Judiciário e legislativo em atribuir leis e penas mais rígidas aos acusados.  Outrossim, destaca-se a visão segregacionista de gênero como o impulsionador do problema. De acordo com Durkhein, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a visão segregacionista de gênero é oriunda das sociedades patriarcais, que, por muitas vezes, enxergava a figura feminina como submissa e inferior. Dessa forma, percebe-se a ausência do Estado nas políticas públicas que enalteçam a importância das mulheres na sociedade.  Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Poder Judiciário e Poder Legislativo intervenham na Constituição, elaborando leis e aplicando punições mais rígidas aos acusados de assédio sexual. Além disso, cabe ao Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Cultura criar campanhas, inserir projetos, e palestras ministradas por educadores, acerca da importância de inibir a cultura machista. Logo, poder-se-á afirmar que a nação oferece mecanismos exitosos para combater a persistência da cultura do estupro na sociedade.