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Enviada em: 07/05/2019

A Declaração Universal dos Direitos Humanos defende que todos os indivíduos são iguais em dignidade e direitos. Entretanto, muitas vezes, o sexo feminino é inferiorizado pelo masculino em um cenário de uma sociedade patriarcal que, de certa forma, normaliza esse fato. Esse ambiente submete às mulheres a situações de fragilidade, nas quais elas não possuem poder sobre o seu corpo, sendo violadas sexualmente. É nesse contexto que se insere o tema cultura do estrupo que, segundo a ONU Mulheres, é o "termo usado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio sexual e normaliza o comportamento violento dos homens". Dentre as principais causas desse fenômeno, têm-se: o preconceito de gênero e a indiferença da coletividade. Dessa forma, são necessárias medidas que revertam esse quadro, já que se torna crucial o combate a esse tipo de ideia.        Em primeira análise, destaca-se a desigualdade. Em seu ensaio, Sobre a servidão das mulheres, o sociólogo John Stuart Mill defende o ideal de que há séculos a mulher é considerada inferior "por natureza", entretanto, elas estão relegadas a marginalidade em benefício exclusivo dos homens. Ou seja, o papel ínfero atribuído a elas é criação dos próprios grupos sociais. Do mesmo modo, esse pensamento se constitui como explicação da violação dos direitos das mulheres, uma vez que ao serem abusadas fisicamente elas são usadas apenas para satisfazerem atitudes machistas. Assim, com a influência do preconceito no tratamento das mulheres, elas têm a sua liberdade de igualdade negada.     Em segunda análise, vale lembrar acerca da negligência. Nesse viés, o sexo masculino não é acusado por seu comportamento agressivo para com às mulheres, pois ao passo que há o predomínio de uma concepção machista, há uma tendência de favorecimento dos homens. De acordo com o filósofo Isacc Newton, "Construímos muros de mais e pontes de menos" e é o que ocorre em relação a essa temática. Nesse caso, a sociedade tapa os erros cometidos pelos homens, o que constrói barreiras, e por isso não há possibilidade de progresso. Esse fato prejudica o meio como um todo e propaga a cultura do estupro, de maneira que as mulheres continuam vitimizadas pela apatia coletiva.      Logo, alternativas devem ser apresentadas para a resolução dessa problemática. A princípio, é preciso que se criem situações que iguale os gênero em questão. Tendo isso em vista, é importante que o Governo de cada país se comprometa a criar situações que promova essa equidade como, campanhas nacionais de conscientização coletiva, envolvendo a veiculação midiática, para que, com a valorização das mulheres, se extingue a ideia de superioridade dos homens. Posteriormente, é fundamental que os populares mudem os seus valores. Sendo assim, as escolas devem promover debates sobre esse assunto com a finalidade de provocar uma correta mentalidade nos alunos.