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Enviada em: 09/09/2018

No que se refere ao imprescindível combate à cultura do estupro é possível afirmar que a característica patriarcal têm cooperado para o aumento alarmante desse tipo de crime nos últimos anos. Isso se evidencia não só pela consulta realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que aponta esse caráter machista na sociedade brasileira, mas também por seus dados mostrarem que a maioria das pessoas culpa a mulher quando algo acontece a ela, atribuindo a violência ao comportamento da vítima.    Em primeiro lugar, uma pesquisa feita pelo Ipea, afirma que 26% concordam totalmente ou parcialmente, que se mulheres usam roupas que mostram partes o corpo merecem ser atacadas. Nessa mesma pesquisa, 66,5% dos que foram ouvidos eram do sexo feminino, isso mostra que o Brasil é composto por uma sociedade intolerante ao estupro quando a mulher tem um comportamento esperado dentro dos padrões, mas quando ela foge disso, as pessoas buscam no comportamento da própria vítima justificativas para o ocorrido. Por consequência desse tipo de pensamento, a moça passa a ser julgada e condenada por muitos até mesmo pelas autoridades, pois a defensora pública Ana Rita Souza Prata, afirma que polícia e peritos reproduzem comportamentos que fazem com que muitas mulheres desistam de fazer a denúncia.  Além disso, essa cultura está enraizada no país “verde e amarelo”, pois quando uma menina sai de casa vestida com roupas justas ou decotadas, é cercada por “cantadas” de rapazes que acham que isso é normal, e já que algumas mulheres aceitam acreditam todas vão, mas não é bem assim, não é porque uma aceita que todas terão o mesmo parecer, elas exigem ser respeitadas, pois isso não lhes agrada. A jornalista Juliana criou uma campanha com o slogan “Chega de Fiu-Fiu”, que tem como objetivo lutar contra o assédio sexual em espaço público, pois ela passou por isso e decidiu fazer algo para mudar essa realidade.  Afim de solucionar esse impasse, é necessário a mobilização de agentes como o poder Judiciário, para abrir leis específicas que visem a proteção integral da vítima e um melhor treinamento dos profissionais que atendem a essas mulheres. Já nas escolas, o Ministério da Educação deve fazer campanhas, por meio de palestras feitas por psicólogos para pais e alunos, com a utilização de slides e vídeos, que falem sobre as consequências desse crime. Espera-se, com isso construir uma nação pautada em igualdade, liberdade e respeito.