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Enviada em: 26/10/2018

Em 1789, o iluminismo consolidou a Declaração dos Direito Humanos, garantindo, pela primeira vez, a dignidade humana a todos. Entretanto, a cultura do estupro se torna um verdadeiro empecilho para a garantia desse direito às mulheres na medida em que milhares delas sofrem diariamente com essa violência. Assim, a ideia de superioridade a masculina precisa ser desconstruída a fim de oferecer mais seguranças às mulheres. A priori, a cultura do estupro trata com eufemismo à violência contra a mulher. Nesse contexto,o assédio e, no pior dos casos, o estupro, a mulher leva a culpa por estar com roupas curtas, sozinha ou por ter ingerido bebidas alcoólicas, o que se torna um paradoxo pois a vítima da violência se torna, também, a culpada pela agressão. A esse respeito, em 2016, o jornal G1, relatou um estupro coletivo que aconteceu no Rio de Janeiro onde uma jovem de 16 anos, após uma festa, foi estuprada por 33 homens, e, após o ocorrido, muitos foram os comentários sobre o que ela tava vestindo ou se estava bêbada. Logo, se faz primordial o combate a cultura do estupro. De outra parte, o machismo é um dos maiores contribuintes para a banalização do estupro. " O indivíduo é aquilo que a educação faz dele" frase célebre do filósofo Immanuel Kant que se aplica à perpetuação do ideal de superioridade masculina. Nesse viés, uma criança que cresce assistindo o pai espancar, xingar e inferiorizar a mãe tem grandes chances de perpetuar esse tipo de postura por se achar superior. Além disso, um contato precoce com pornografia rebaixa ainda mais a imagem da mulher criando uma visão prioritariamente sexualizada. Tornando, assim, essencial a desconstrução dessas práticas. Impende, pois, que a inciativa iluminista de dignidade a todos se faça presente no cotidiano das mulheres. Para tal, a fim de alterar o olhar machista, cabe ao Ministério da Educação, implementar debates e aulas, ministradas na disciplina de Ética e Cidadania, onde o professor problematize a violência contra a mulher e, sobretudo, pregue a equidade de gênero a fim de fomentar o respeito a figura feminina.