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Enviada em: 29/10/2018

No século XIX, as personagens da literatura romântica eram submetidas aos valores morais da época, dentre eles, o de submissão ao poder masculino. A escritora Chimamanda Adichie alega que o problema do gênero consiste em descrever como podemos ser, em vez que reconhecer quem somos, comprovando um modelo arcaico enraizado na sociedade.     Uma das causas dos assédios é a visão machista sobre a conduta feminina. O Feminismo assegurou uma maior autonomia política e social à mulher, com tudo, o patriarcalismo ainda a subjulga pela sua vestimenta, reprimindo sua liberdade de escolha e fazendo com que os ideais conservadores se sobreponham à realidade. Em 2016, a revista “Veja” entrevistou a esposa do deputado Michel Temer, numa reportagem intitulada como: “bela, recatada e do lar”, o que gerou uma série de questionamentos ao público sobre o papel da mulher na sociedade.   Além disso, ocorre a banalização do assédio e as redes sociais se tornaram uma ferramenta para tentar combatê-lo. Nas ruas, festas e até no ambiente de trabalho, as puxadas no cabelo e as tentativas de reprimir a vítima à violência sexual são ações que se naturalizaram, já que acontecem cotidianamente na vida de muitas mulheres. Para engajar jovens e adultas contra a sensação de impunidade, campanhas virtuais surgiram a fim de engajar o público feminino à denúncia.    Para conter o assédio, as escolas podem promover a conscientização por meio de debates e aulas temáticas para que crianças e jovens respeitem os direitos da mulher. Ademais, os meios de comunicação, com seu impacto persuasivo, devem transmitir noticiários sobre a equidade de gêneros e problematizar a banalização do assédio, induzindo a reflexão e mudança na conduta dos indivíduos.