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Enviada em: 20/03/2019

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2017, o número de estupros no Brasil passou da cifra dos sessenta mil, o que configura um crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior. Esses dados alarmantes mostram que, apesar dos avanços, o país ainda padece com a violência sexual, com os piores dados em comparação a outras nações. Nesse sentido, faz-se urgente analisar o que está por trás do aumento de crimes desse tipo.        Nesse contexto, é preciso verificar que essas agressões ocorrem com frequência devido à aceitação pela maior parcela da sociedade e pelo Estado, apoiadas na cultura do estrupo. Esta usa como principal artifício: o silenciamento e a culpabilização das vítimas, de acordo com a promotora Suzy Boylan, em relação aos casos ocorridos na cidade universitária de Missoula. Segundo matéria sobre o tema do Jornal O Globo, mais de 300 mil mulheres foram estrupadas no Brasil, no ano de 2017.     Além disso, o aumento das estatísticas está diretamente ligado ao número de denúncias, informam os órgãos de segurança pública, Delegacias e Ministério Público. Isso porque os estupros são caracterizados de várias maneiras, como: encochada no transporte público, beijo roubado, forçar a transa sem camisinha e vítima impedida de defesa (menor de idade, deficiente mental, bêbadas, drogadas), bem como os crimes da nova lei de importunação sexual.     Assim, cabe ao Estado promover debates nas instituições de ensino acerca do machismo e da misoginia, a fim de conscientizar o público masculino sobre a gravidade desses crimes. Bem como criar políticas públicas de prevenção aos crimes de violência e também oferecer assistência às vítimas, com o aumento de delegacias especializadas e profissionais qualificados no atendimento às mulheres e adolescentes.