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Enviada em: 10/02/2019

A cultura do estupro tem como fundamento que a mulher é culpada por ser abusada, assediada ou estuprada ao sair de casa com, por exemplo, short curto. Essa cultura também objetiva que as mulheres devem ser fiéis e realizar os desejos dos maridos, mesmo contra suas vontades. Esse pensamento tomou conta de muitos homens que, na atualidade, veem as mulheres como inferiores e, por isso, se julgam no direito de fazerem o que quiserem com as mesmas. Nesse contexto, pode-se citar a influência da mídia perante os meninos, que os fazem ter a visão errada das meninas, ao mostrar as mesmas como subordinadas. Logo, a mulher acaba por se encontrar em uma situação desrespeitosa.         Acerca dessa lógica, nota-se que a mídia pode ajudar a construir esse raciocínio, pois mostram as mulheres como pessoas sem vozes, sem direitos e fracas. Há inúmeros exemplos de filmes, séries, novelas ou livros, que mostram a mulher sempre em casa, que fazem tudo o que lhe era mandado, mostram o estupro em uma forma romantizada e casos nos quais a mulher não faz nada para impedir. Como, por exemplo, em filmes antigos, que mostram que o homem estuprava as mulheres que vinham dos povos conquistados e a tornava sua propriedade. Dessa forma, cria-se, erradamente, um pensamento que gera, possivelmente, o estupro e assédio no futuro.         Nesse víeis, pode-se notar que a mulher tem os seus direitos desrespeitados, porque não podem usar as roupas que quiserem, sair sozinhas nem ter o direito de dizer não. De acordo com pesquisas da ONU, uma em cada 3 mulheres já foram violentadas e isso se dá pelo crescimento da cultura do estupro. A mulher, atualmente, passa por episódios horríveis, em que até mesmos as crianças não escapam. De acordo com ONU, aproximadamente 70% das vítimas são crianças e adolescentes. Em se tratando disso, vale ressaltar que  essas vítimas sofrem nas mãos de pessoas próxima como pais, amigos, irmão e chefes.         Dessa forma, percebe-se que é necessário que a mídia mostre por meio de livros, filmes, séries ou novelas, a mulher como alguém com voz e direitos, e não como uma subordinada. Além disso, vê-se a necessidade de campanhas propostas pelo Governo e pela escola, que mostrem o valor da mulher na sociedade e ensine o respeito pelas mesmas. Ademais, a família deveria conversar com os filhos e os ensinarem o respeito aos próximos e que a mulher não é um objeto. Portanto, os homens aprenderiam desde pequenos a respeitar a mulher, e futuramente ensinariam os seus filhos.