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Enviada em: 09/04/2019

De acordo com a ONU Mulheres, a cultura de estupro é o termo usado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio sexual e normaliza o comportamento sexual violento dos homens. Esses comportamentos inibem a denúncia e validam a continuação desses atos.  O que torna imprescindível o combate a essa prática.    Primeiramente, observa-se a cobrança social sobre as mulheres para  que adequem seus comportamentos de acordo com o que é esperado delas. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 58% dos entrevistados acreditam que o comporta-mento feminino influencia o estupro. Com isso, ocorre a diminuição das denuncias de casos de violência sexual, seja por medo de serem julgadas, ou por se sentirem culpadas pelo ocorrido. Essa atitude gera impunidade ao agressor e permite que essas situações voltem a ocorrer.       Somado a isso, destaca-se a sociedade predominantemente patriarcal. A socióloga Nina Madsen afirma que, o machismo dentro da sociedade corrobora para que os homens sintam se autorizados a fazer uso do corpo de uma mulher que use roupas curtas. Assim, entende-se que, enquanto esse pensamento for propagado, a cultura do estupro continuará a existir.    Fica claro, portanto, a necessidade de uma mudança nas concepções sociais para que esses crimes não sejam banalizados. Para isso, é preciso que o Governo crie um programa que vise auxiliar vítimas dessa violência. Devem ser criados centros de apoio que acolham mulheres que sofreram dessa violência, oferecendo suporte emocional e incentivando estas a pro-cederem com denuncias, além de acompanharem o processo para garantir que as acusações sejam investigadas. Desta forma, as vítimas se sentiram mais impelidas à fazerem denuncias e a impunidade é deixada para trás.