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Enviada em: 11/07/2019

Consoante o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um "corpo biológico" por ser composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja mais igualitário e coeso é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Todavia, no Brasil isso não ocorre, visto que são frequentes os casos de estupros. Esse quadro, alarmante, é fruto da sociedade patriarcal  e da comodidade tecnológica.  Em primeiro plano, vale ressaltar que a população apresenta inúmeros resquícios do período colonial, o qual teve como base o eurocentrismo, que considerava a mulher como propriedade do homem. Diante disso, a identidade nacional formou-se ignorando direitos das mulheres como, por exemplo, a vítima ser responsável por constrangimentos sexual. Diante disso, o Estado ao investir pouco em segurança contribui para persistência dessa cultura.  Outro fator importante reside no fato de que as pessoas estão vivendo tempos de "modernidade líquida", conceito proposto pelo sociólogo Zymunt Bauman, o qual evidencia o imediatismo das relações sociais. Atualmente, pode-se notar que o fluxo de informações ocorre em grande velocidade, fenômeno que muitas vezes dificulta uma maior reflexão acerca dos dados recebidos, acostumando o ser a apenas utilizar o conhecimento prévio. O indivíduo, então, ao deparar-se com diversos casos de estupro considera normal tal cultura e têm dificuldade em respeitar direitos sociais, uma vez que sua formação pessoal baseou-se somente em uma esfera de vivência, o que pode comprometer o convívio social e o pensamento crítico.  Portanto, é imprescindível  o combate à cultura de estupro. Para que o Brasil seja mais articulado como um "corpo biológico'' cabe ao Ministério da Cultura, em parceria com a mídia, desenvolver campanhas publicitárias que estimulem o respeito a mulher, a fim de conscientizar a população e por conseguinte combater a cultura de estupro. Assim, a sociedade  poderá garantir o exercício da cidadania em todos os setores sociais. paradigmais."