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Enviada em: 03/07/2019

Na Roma antiga, o abuso sexual com mulheres era comum e evidenciava a sociedade desigual e delinquente da época. Na contemporaneidade, o estupro constitui um problema recorrente, análogo ao que acontecia com as romenas. Nesse sentido, “a cultura do estupro”, termo designado a um conjunto de atividades imorais contra a mulher, ainda aceitas socialmente, se mostra como um dos pilares que sustenta a continuidade desse ato. É válido, portanto, analisar os fatores que colaboram com a permanência dessa cultura ameaçadora ao o sexo feminino visando a mitigá-los.   Primeiramente, vale ressaltar que há uma deficiência nas leis que dificulta a resolução dessa problemática. Em defesa disso, uma pesquisa brasileira feita pela USP (Universidade de São Paulo) mostra que 95% das mulheres vítimas de tratamentos ofensivos, como gostosa, não denunciam esses atos, em função de não haver punições mais severas com os autores. Sob tal ótica, o sociólogo Émile Durkheim já afirmava que se houver falha nas leis também haverá intempéries em amplo aspecto. Assim, pode-se afirmar que senão há decretos que ofereçam maior proteção à mulher, a tendência é que essa cultura hedionda se perpetue.       Além disso, há uma influência paterna, de caráter malicioso, passado ao sexo masculino, desde cedo, de que é normal incitar uma mulher com atitudes abusivas e maliciosas, como assobios e adjetivos desagradáveis. À vista disso, os filhos, ao crescerem, tendem a se tronar iguais aos pais, haja vista que foram acostumados em uma esfera de vivência em que esse costume se faz presente. Para defender essa assertiva, o filósofo John Locke já afirmava ser ser humano uma folha em branco que é preenchida por influências. Logo, se ainda persistem esses hábitos, a mulher se torna visivelmente mais vulnerável, o que significa oferecer brechas para a continuidade do abuso sexual.       Destarte, medidas são necessárias para combater a cultura do estupro na realidade hodierna. Posto isso, é necessário que as nações, desenvolvidas e em desenvolvimento, intensifique a punição de pessoas que violentem verbalmente o sexo feminino, por meio da elaboração de leis mais severas que penalizem os mínimos assédios orais, com o fito de promover uma proteção mais ampla ao sexo mais frágil e desfazer as bases que auxiliam a recorrência do estupro. Em adição, cabe a ONU( Organização das Nações Unidas), em parceria com a mídia televisiva, alertar os pais a importância de evitar os hábitos maliciosos direcionados a mulher, de modo a fomentar propagandas a nível mundial que alertem sobre esse fato, a fim de se formar cidadãos mais críticos e conscientes que esses costumes dão bases para um crime. Decerto, assim, poder-se-á construir um mundo em que a justiça e o respeito se façam mais presentes.