Enviada em: 03/07/2019

A primeira base que sustenta a hierarquização masculina em relação à mulher, aconteceu a 2500 anos atrás, quando o filosofo helenista Filos de Alexandria defendia de que a mulher possuía capacidade de raciocínio , além de ter alma inferior a do homem". Nesse contexto, é fato que a "submissão feminina" é baseada em pensamentos machistas enraizados na nossa sociedade, e que perpassam de geração em geração, tendo a mulher como figura ridicularizada socialmente. Nesse aspecto, a cultura do estupro é um problema social, fruto de diversos fatores socioculturais e políticos.   Primordialmente, a cultura do estupro é uma consequência da naturalização do machismo e sexismo, que estimulam a violência sexual. Nesse sentido, as condutas femininas são vistas como um meio de justificar os abusos cometidos por homens, como é o caso " Ela estava voltando da festa sozinha , mereceu ". , " Ela estava de short curto, pediu para ser estuprada'', argumentos que são originados da cultura do estupro,e que fere a dignidade feminina e os direitos de ir e vir.      Além disso, de acordo com um estudo feito pela ONU no ano de 2012, no Brasil, apesar de a grande maioria das vítimas de homicídios serem do sexo masculino (90%), destaca-se no relatório o número significativo de mulheres que são assassinadas pelos seus parceiros ou familiares.    Portanto, faz-se urgente que a sociedade, compreenda os direitos das mulheres como direitos humanos, e que a mudança da cultura do estupro requer a mudança conjunta, já que, a violência sexual desencadeia questões familiares sociais e econômicas.É necessário que o governo trabalhe tanto com ações específicas, como, por exemplo, com as políticas públicas, objetivando a igualdade entre homens e mulheres, buscando encontrar um meio que modifique as formas como as mulheres são vistas na sociedade quebrando o paradigma de discriminação e violência contra a mulher.