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Enviada em: 19/07/2019

O Lobo Mau não é a vítima   Desde os exórdios da humanidade é visto o domínio do homem sobre a mulher. Vista como mero objeto sexual, é abusada e violentada, e ainda é provida da culpa pelo crime. Isso se trata da cultura do estupro, no qual a sociedade responsabiliza a vítima, e não o estuprador. Tal cultura está fortemente presente em nosso cotidiano por causa da enraizada objetificação feminina e do machismo contemporâneo.     A priori, é importante salientar que a mulher, desde tempos remotos, é compreendida como uma mercadoria. Isso é representado na série televisiva "Game of Thrones", quando Daenerys, vista como objeto sexual, tem seu casamento arranjado por seu irmão, motivado por interesses financeiros. Fora da ficção, mesmo que hoje seja crime efetuar casamentos infantis e arranjados, isso ainda ocorre e é notório que a mulher é idealizada sexualmente, o que contribui para a permanência de abusos sexuais.       Ademais, outro fator a ressaltar, é o machismo enraizado na sociedade contemporânea. Na Grécia Antiga, a mulher servia apenas para cuidar do lar e dos filhos, sendo proibida de sair de casa. Hodiernamente, as lutas feministas permitiram à mulher mais direitos e liberdade. Todavia, o machismo ainda se faz presente e é usado como justificativa para a efetuação dos crimes. Assim, uma saia curta, uma bebida ou uma festa são considerados pretextos para brutalidades.       Em virtude dos fatos mencionados, é indubitável a necessidade de mudanças. Cabe a mídia proibir propagandas que objetificam a mulher, por meio de verbas governamentais, a fim de evitar que repassem esse pensamento retrógrado. Outrossim, o Ministério da Educação deve proporcionar aulas que desconstruam o machismo, por meio de professores de Sociologia e Filosofia, a fim de promover a liberdade e igualdade  para todos. Somente assim, a cultura do estupro estabelecida é desconstruída.