Materiais:
Enviada em: 22/03/2017

O combate à cultura do estupro deve acontecer em concomitância à intolerância aos idealismos machistas remanescentes da Idade Média e ainda presente nos dias atuais, em que a posição da mulher , muitas vezes, continua sendo posta como subjugada em relação ao homem. Desse modo, desconstruir os paradigmas padrões de comportamento, vestimenta e funções femininas destinadas na sociedade é eximir as mulheres da culpa como justificativa para a impunidade.   Tendo em vista que as primeiras conquistas femininas, como o voto e direito ao divórcio, surgiram somente no século XIX, a trajetória de igualdade de gênero evoluiu bastante, apesar de recente. Entretanto, dados de 2016 revelam que, no Brasil, uma mulher é agredida a cada cinco minutos, demonstrando o paradoxo de liberdade e opressão vivenciado pelas mulheres no mundo contemporâneo.   Portanto, é preciso descaracterizar o perfil dos gêneros desde a infância, a menina deve ser ensinada a ser e fazer o que quiser, desde que seja um ser humano de bem, com princípios, ética e moral, enquanto que os meninos, precisam  aprender que qualquer outra pessoa, seja mulher ou homem, deve ser igualmente respeitada quanto suas vontades, desejos e opiniões.  Com isso, combatendo a liberdade de agressão em figuras femininas aversas a um paradigma retrógrado, é possível mitigar a cultura do estupro e aumentar a punição aos reais criminosos.   Para isto, o movimento feminista atual, com grande força mundialmente através de personalidades públicas como Angelina Jolie e Emma Watson, precisa continuar sua disseminação social em romper a normalidade vista em atos cotidianos de assédio, discriminação e abusos. Ademais, a mudança de paradigmas exige uma evolução de atos e pensamentos críticos, estes por sua vez, só conseguirão ser transformados com educação, é na base das próximas gerações que surgirão novos modos de pensar e agir, portanto, educar homens e mulheres sobre o repúdio à cultura do estupro é  combatê-la eficientemente no futuro.