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Enviada em: 30/03/2017

Isonomia no papel       Durante o período colonial, as mulheres não tinham contato social e eram vistas apenas como donas de casa e fonte de prazeres. Com o passar dos anos, a mentalidade social não acompanhou o progresso e, ainda hoje, há resquícios de uma sociedade patriarcal. Nesse âmbito, a cultura do estupro com consentimento mútuo vem se tornando um pensamento comum. É importante mencionar que isso deve-se ao preconceito e a impunidade.        Sabe-se que o preconceito de gênero sempre esteve presente na sociedade mundial. A mulher, desde pequena, é ensinada a ser recatada e a agradar seu cônjuge, devendo ser submissa. Suas roupas revelam o seu caráter, seus costumes e objetivos, além de informar se ela quer ou não ser estuprada. A persistência desse pensamento não contribui para o progresso e não evidencia a isonomia, que é um direito universal.          Ademais, a punição do estupro também é um tabu que possui raízes profundas. Vítimas não denunciam por medo e vergonha, já que não querem se expor e sofrer com a discriminação social, de modo que a vítima também é culpada já que não estava comportada e decente. As punições  brandas e os casos julgados com lentidão contribuem para o surgimento de novos delinquentes.          Torna-se, então, evidente a problemática e seus respectivos impactos. No âmbito federal, o Poder Executivo, aliado a Polícia Militar e a Polícia Civil, deve garantir a busca e fiscalização dos casos por meio de campanhas desenvolvidas pelas mesmas. O Ministério da Educação deve desenvolver palestras em escolas e espaços públicos visando a conscientização. Desse modo, poderemos ter uma sociedade em que condena o estuprador, não a vítima.