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Enviada em: 06/04/2017

Machismo, exagerado senso de orgulho masculino, virilidade agressiva e macheza. Esses são significados da palavra que melhor descreve as sociedades pelo mundo. Nesse viés, essa prática é a responsável pela exploração, desrespeito e abuso de mulheres, ainda, em pleno século XXI. Por causa dessa, o universo feminino fica vulnerável a situações e culpas sem sentido, como é o caso da titulada Cultura do Estupro. Uma ideia de se viver em uma sociedade que, de certa maneira, aceita que mulheres sejam estupradas e que, ainda, culpe-as por isso. Diante desse cenário, então, fazem-se necessárias melhores discussões e soluções para a problemática, pois estupro não é bom, normal e nem aceitável.      Segundo dados do site Carta Capital, a cada 11 minutos um estupro acontece no Brasil. Mas, infelizmente, esse número é bem maior, já que apenas 35% dos casos são notificados. Nesse âmbito, as vítimas que denunciam, em sua maioria, são aquelas atacadas na rua, em bares ou festa, geralmente, por desconhecidos. Entretanto, o que poucos sabem é que estupro não é apenas aquele praticado por assaltantes ou tarados. Mulheres, também são violentadas em casa pelos próprios companheiros que acreditam ser obrigação delas fazer sexo com eles posto que, são seus maridos.             Ademais, no ultimo dia cinco (05/04/2017), o Senado aprovou o Proposta de Emenda Constitucional que transforma estupro em crime imprescritível e a proposta segue, agora, para votação no plenário da Câmara. É plausível dizer que se foi dado um grande passo, contudo, ainda precisará de muitos outros para que a cultura do estupro seja combatida. Porquanto, há fatos muito preocupantes, como o caso do Defensor de Direitos Humanos Brasileiro que foi preso nos Estados Unidos por estuprar uma universitária bêbada após uma palestra. Ou seja, aqueles que deveriam defender e zelar pelos direitos, estão fazendo o oposto, apoiando o machismo e essa cultura deplorável. O que é um absurdo.                     Portanto, precisa-se combater sem sombra de dúvida a cultura do estupro tanto na rua como em casa. Mulheres devem ter os mesmos direitos que homens perante a constituição e à sociedade. Então, as esferas governamentais devem aprovar a PEC e criar outras para punir aqueles que praticam a violência. Precisam investir em educação e em campanhas, juntamente com a mídia, de cunho educacional e público, incentivando, dando assistência e apoio às vítimas. Por fim, as mulheres e a população, no geral, necessitam lutar por seus direitos não tendo medo, pois a vítima de um estupro não é culpada, mas sim, a sociedade machista que criou esse pensamento.