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Enviada em: 09/04/2017

É imprescindível o combate a cultura do estupro, uma vez que tem apresentado um aumento significativo nos últimos anos.Diariamente, homens, mulheres e crianças são vítimas de assédio sexual. Ainda que a prática vitime homens e mulheres, historicamente as mulheres são as mais atingidas.     Segundo dados levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada em 2014, cerca de 50 mil casos foram denunciados, porém estima-se que o número de casos seja de 500 mil, mas temendo a reação da sociedade e de familiares este crime muitas vezes é silenciado. Segundo o site G1, os casos de estupro tem tido um aumento significativo ao longo dos anos, isso se dá inclusive pelo aumento da incitação ao crime, por meios de comunicação, como programas televisivos, onde muitas vezes estes ataques são romantizados e músicas como a da dupla, Henrique e Juliano que diz " Tô afim de você e se não tiver vai ter que ficar", onde demonstra a obrigatoriedade de uma pessoa se relacionar com a outra mesmo contra sua vontade.     Dentro da História, culturalmente a mulher sempre foi vista como inferior e submissa ao homem, em vários momentos, como na Grécia Antiga e dentro do Cristianismo, quando é a principal culpada pelo pecado original, ocasionando assim um complexo de inferioridade, culpa e medo que até hoje assombra as mulheres. É de conhecimento público que desde os relatos mais antigos sempre houve uma necessidade de imposição do homem sobre a mulher, mostrando que a violência contra a mulher é histórica e concreta, o que comprova isso são os dados levantados pelo IPEA em 2014, que mostra que em cerca de 90% dos casos os agressores são do sexo masculino, e que 88% das vítimas são do sexo feminino. Este estudo reflete uma ideologia patriarcal e machista em que coloca a mulher como objeto de desejo e propriedade do homem. É válido salientar que tal violência está presente em todas as camadas sociais.      Portanto, para combater a cultura do estupro é necessário que ocorra uma intensificação na fiscalização contra a violência sexual, através das leis que protegem as vítimas. Para aumentar o número de denúncias, a vítima deve se sentir segura e protegida e não temer nada, para isso devem ser adotadas mobilizações sociais, através de propagandas e centros de apoio. Quanto aos pensamentos machistas devem ser propostos debates e palestras sobre igualdade de gêneros em Escolas, Igrejas e Centros de Saúde de atenção primária, sempre aberto ao público para maior alcance da população.