Materiais:
Enviada em: 18/04/2017

O termo Cultura do Estupro surgiu na década de 70 nos EUA, quando as primeiras mulheres feministas iniciaram campanhas de combate a esse crime que apresenta grande ocorrência em todo o mundo. O estupro é proveniente de uma educação patriarcal de objetificação da mulher, é ainda naturalizado socialmente e considerado o único crime em que o agressor e a vítima são julgados. Apesar de atualmente o movimento feminista atuar ativamente nessa questão, os índices de denúncias de estupro são baixos, seja por medo da vítima ou por omissão das testemunhas.  Por ser tão banalizada, a educação sexual é pouco promovida principalmente no núcleo familiar, embora seja necessário abordar essa temática promovendo principalmente um diálogo direto com os homens para abandonar paradigmas machistas como o de posse da mulher. Alertar o grande contingente populacional que conhece algum caso de violência sexual e prefere se calar por considerar normal, é imprescindível, uma vez que a omissão contribui também para a disseminação dessa cultura coercitiva, na medida em que impede que os agressores sejam punidos.    Embora exista uma forte ideologia feminista de igualdade sexual, a recorrência de estupros reflete uma sociedade retrocedida em que ainda há uma relação de poder entre homem e mulher. Prova disso, é o fato de muitas mulheres estupradas se sentirem culpadas ou merecedoras de tal sofrimento, pois em algum momento um homem as acusou de estar usando roupas curtas por exemplo e assim tê-lo instigado a tal atitude. Dessa forma, elas, submissas, omitem o caso também por medo de novas agressões, que ocorrem muitas vezes dentro da própria família.  Portanto, faz-se necessário a atuação governamental promovendo investigações aprofundadas sobre possíveis casos de estupro. Juntamente com o apoio das escolas para através de palestras promover a discussão do tema, a fim de que as famílias possam incutir na educação dos meninos a noção de respeito a mulher, e das meninas de autonomia sobre o próprio corpo, em prol da diminuição da recorrência desse crime.