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Enviada em: 24/04/2017

A submissão e a objetificação da mulher são fatos que possuem origens históricas. A figura feminina tinha o papel de ser progenitora e era tratada como propriedade do homem. Tal pensamento machista abriu portas para naturalização das agressões físicas e sexuais, o que ocasionou a culpabilização da vítima e o silenciamento das denúncias, contribuindo para a construção da cultura do estupro atual.  É possível afirmar que, a cultura do estupro, se tornou tão natural a ponto de não causar mais espanto ao se deparar como notícias de estupros coletivos, como o que ocorreu no Rio de Janeiro. Uma adolescente foi violentada por 33 homens e teve imagens disponibilizadas na internet e muitos cidadãos questionaram a índole da vítima, insinuando que havia consentimento.  Nesse sentido, é possível perceber que o estupro, mesmo sendo um crime grave, é tratado como punição social. De acordo com uma pesquisa do IPEA, 58% dos entrevistados justificam a agressão por causa do comportamento da vítima e 26% culpam as roupas que usava. Vale também ressaltar que, de acordo com o SINAN, apenas 10% das denúncias de estupro chegam ao conhecimento da polícia.  Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. O MEC, em parceria com escolas, possam criar cartilhas e programas educacionais para a conscientização de crianças e adolescentes, que divulguem os canais para denúncias e acolhimento às vítimas. O Poder Legislativo crie leis com punições mais severas e com apoio da polícia reforce a vigilância em locais com maior número de ocorrências. Outras medidas devem ser tomadas, mas, como disse Oscar Wilde: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação. ”