Materiais:
Enviada em: 26/04/2017

Cantadas. Assédio. Violência sexual. São exemplos de agressões que contribuem para a continuidade da cultura do estupro. Ainda que avanços tenham sidos conquistados, a banalização dos abusos e a culpabilização das vítimas são fatores que corroboram com a permanência desses costumes. No período colonial do Brasil, era natural que senhores de escravos violentassem mulheres negras e indígenas, tratando-as como mercadorias que serviam apenas para satisfazer seus próprios desejos. Essa naturalização persiste nos dias de hoje, uma vez que, o levantamento do FBSP - Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada e em geral 70% dos agressores são pessoas próximas, como parentes, amigos ou cônjuges.  Aliado a isso, a culpabilização da vítima é um fator relevante na omissão das denúncias. Questionamentos sobre a vestimenta, a índole ou o horário em que a mulher estava no local, reforçam a responsabilidade da vítima e não do agressor. Isso influência diretamente na ausência de denúncias, visto que apenas 10%  das ocorrências são notificadas à polícia, segundo o FBSP. Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. Apesar dos avanços conquistados com a criação da Lei Maria da Penha e de delegacias exclusivas para crimes contra  a mulher, ainda há um longo caminho a ser percorrido. O MEC - Ministério da Educação, em parceria com escolas, possam criar cartilhas e campanhas educacionais para a orientação dos jovens desde a educação básica. O Poder Legislativo, em conjunto com a polícia Civil e Militar, crie projetos que aumente a punição dos agressores e intensifique a investigação dos crimes para que não saiam impunes. Assim iremos garantir uma país mais justo para os brasileiros e brasileiras.