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Enviada em: 14/05/2017

A cultura do estupro não é um tema inventado pelo século XXI. O termo tem sido usado desde os anos de 1970, principalmente pelos movimentos feministas, com o intuito de apontar comportamentos sutis que silenciam a violência contra a mulher. A palavra "cultura" do termo "cultura do estupro" reforça a ideia de que esses comportamentos não podem ser interpretados como normais ou naturais. Se é cultural, nós criamos, se nós criamos, nós podemos mudar.   Contemporâneo do movimento feminista, o filosofo Jean-Pal sartre afirmou que a violência, independente de como se manifesta, é sempre uma derrota. Segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública ,no Brasil por ano acontecem em média 50 mil casos de estupros e 90% desses casos as vitimas são mulheres, crianças e adolescentes. Apesar da classificação do estupro como crime hediondo a maioria dos agressores são pessoas conhecidas da vítima e que usam da força física ou da ameaça como forma de coagi-las.     Contudo, muito problemas dificultam a resolução da questão. Isso corre porque fatores como a objetificação da mulher - que são vistas com um objeto, sem opinião ou vontade própria. O desrespeito ao "não" - onde o  "não" é bastante interpretado com um jogo de sedução,em que a mulher quer, mas está apenas fazendo charme. Ademais, por medo, ou o desconhecimento de como proceder diante da violência, muitas vítimas não denunciam , perpetuando os agressores a impunidade.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Immanuel kant disse "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Logo, cabe à escola promover palestras sobre questões de gênero e de como atitudes cotidianas agridem a liberdade sexual da mulher, visando uma orientação para pais e alunos. Além de disponibilizar serviço de atendimento psicológico às garotas que se sentirem violadas em alguma medida pelas práticas de seus colegas. Precisamos respeitar mais a mulher enquanto indivíduo, enquanto ser humano que ela é.