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Enviada em: 30/06/2017

O termo "cultura de estupro" é conhecido desde a década de 70, após a segunda onda feminista, onde começou a ser apontado violência e atitudes que silenciavam as mulheres. Há quase 4 décadas, pouca coisa mudou em relação a cultura do estupro, vítimas continuam sendo "culpadas" pelo fato ter acontecido com as mesmas.     De acordo com uma pesquisa da IPEA, 90% dos agressores são do sexo masculino e usam violência para conseguir cometer o ato do estupro, e 88% das vítimas são do sexo feminino, onde a grande maioria das vitimas não denunciam pelo fato de serem culpadas pelo fato.       Na mesma pesquisa, mostra que mais de 50% dos agressores de crianças e adolescentes são conhecidos da família, em grande maioria sendo os pais, padrastos e tios os agressores e após a vida adulta, 40% dos casas são maridos ou namorados que cometem a agressão.       Uma cultura pode ser mudada, desde que a sociedade esteja disposta a abrir mão dos pensamentos arcaicos e machistas para a igualdade de gênero. O primeiro passo começa na educação familiar, mostrando aos meninos que não há diferença entre homens e mulheres e que ambos devem se respeitar, e educar as meninas a não aceitarem tudo que a sociedade impõe para elas e não inferiorizá-las perante aos homens.         O segundo passo seria não colocar a culpa do estupro na vítima, independente da roupa ou local que ela esteja e sim no agressor, pois é errado dizer que o agressor agiu por impulso sexual.        E o último passo seria uma integração desses temas nas escolas para abrir a mente dos jovens perante esse assunto, pois muitos não sabem da realidade vivida pelas mulheres na sociedade, como são omitidas e inferiorizadas.