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Enviada em: 01/07/2017

Desde os anos 1970, época da chamada segunda onda feminista, o termo “ cultura do estupro” tem sido usado para apontar comportamentos sutis ou explícitos que silenciam ou relacionam a violência a violência sexual contra mulher. Desse modo, pode-se notar que são elas que percebem como sua liberdade sexual está em jogo, uma vez que a maioria das vítimas são mulheres. Logo, nota-se que esses abusos muitas vezes são praticados não só por desconhecidos, mas também por familiares. Assim, essas práticas podem prejudicar a vida das vítimas, uma vez que pode ocasionar graves problemas na saúde da vítima.      De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mas de 50% dos estupros sofridos por crianças e adolescentes foram praticados por pessoas conhecidas, em 2014. Em adultos, os estupros praticados por conhecidos são quase 40% dos casos. Sendo assim, nota-se que independentemente da idade da vítima ou da proximidade que o agressor tem com ela, o estupro acontece por meio da força ou ameaça. Dessa maneira, a cultura do estupro está vinculada ao comportamento do indivíduo, pois esses comportamentos são condicionados pela cultura. Assim, esses comportamentos não são naturais do indivíduo.      De acordo com a cientista política Iris Marion Young, as vítimas em culturas de estupro vivem com medo de altos aleatórios de violência sexual opressiva que se destinam a prejudicar e humilhar a vítima. Dessa forma, as pessoas que sofrem estupro passam por um trauma severo, visto que são submetidas a atividades sexuais não desejadas. Por conseguinte, as vítimas podem sofrer de estresse agudo, com despersonalização ou dissociação da consciência e podem reviver o ataque através de pensamentos. Além disso, podem apresentar alterações da concentração, dos padrões de sono e dos hábitos alimentares.      É imprescindível, portanto, uma resolução para a questão da cultura do estupro. Logo, o legislativo deve criar leis exclusivas para esse tipo de crime, sendo que o criminoso deverá pagar indenização à vítima e passar no mínimo 15 anos na prisão. Ademais, as escolas devem abordar mais assuntos relacionados à igualdade de gênero, cultura e preconceito para formar cidadãos melhores. Além disso, a escola também deve promover palestras falando sobre o estupro para a comunidade e para os país dos estudantes, com o objetivo de mostrar a importância de ficar atento a essas situações e prevenir se possível. Destarte, a mídia deve informar sobre o assunto e mostrar como denunciar esses casos.