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Enviada em: 03/08/2017

A cultura do estrupo surgiu para definir uma determinada situação de abuso sexual, que a população utiliza de pretexto a roupa, local ou companhia com o intuito de culpar a vítima, banalizando, assim, o assédio. Esse fator é bastante recorrente na sociedade brasileira devido à perduração do machismo, religiosidade e patriarquismo presente. Logo, se torne essencial que ações ocorram revertendo esse quadro.       Em primeiro lugar, para ampliar o conhecimento acerca desse assunto, ressalta-se uma das causas das quais levam a persistência da cultura do estrupo, que é a forma como a sociedade enxerga a mulher. Consequentemente, pelo fato dessa ser representada como o sexo frágil, responsável por cuidar do lar e satisfazer os desejos do homem, quando ocorre um abuso sexual, essa que é a vítima passa a ser responsabilizada por chamar atenção do sexo masculino, e esse ser justificado ao cometer tal crime por possuir suas necessidades. Dessa forma, é inegável a inversão de valores existentes nos padrões de julgamento da população.      Em segundo plano, é importante relatar uma das consequências geradas pela cultura do estrupo, que é, justamente, a continuidade do abuso sexual contra as mulheres. Dessa forma, em muitos casos, essas evitam a denúncia por medo do repúdio sofrido perante a sociedade, como o ocorrido em  Vitoria-Gasteiz, no País Basco, que uma juíza perguntou a vítima da violência se ela 'tentou fechar as pernas' para evitar o ocorrido, como se a culpada pelo fato fosse a própria mulher, e não o estuprador.       Portanto, é de extrema relevância que medidas sejam tomadas para findar esse problema. Como é de responsabilidade do Poder Legislativo na formação de leis mais rigorosas, junto a um maior monitoramento da delegacia de mulheres, a qual garanta que tais leis sejam devidamente cumpridas. Além disso, é essencial que campanhas sejam feitas nas redes de ensino demonstrando soa alunos o grande prejuízo gerado a sociedade pela permanência da cultura do estrupo, e ensine aos meninos, desde mais cedo, que o corpo da mulher só pode ser tocado com seu consentimento.