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Enviada em: 01/08/2017

A mulher sofre com uma trajetória histórica de violências, abusos, preconceitos e inferiorização,devido a isso diversas vezes o sexo feminino foi visto somente como fim reprodutivo ou sexual.Ainda hoje quando uma mulher diz não querer ter filhos isso é motivo de polêmica,como se ela estivesse negando sua principal função.Por conta de reduzimos as mulheres ao seu órgão genital reafirmamos as idéias do machismo estrutural e da invisibilidade feminina, tornando assim qualquer mulher em uma possível vítima de estupro. Primeiramente é necessário entender que não importa como uma mulher esteja vestida, ate se ela estiver nua andando nas ruas, isso não dá a ninguém o direito de estuprar a moça. Uma determinada vestimenta não é permissão para tocar, apertar, puxar e menos ainda para forçar um ato sexual. Muitas vezes ouvimos que a mulher estava pedindo para tal crime ocorrer em razão da roupa usada, o que é a justificativa mais sem lógica possível para um abuso sexual, levando em consideração que estupro significa forçar alguém por meio de violência e ameaças à pratica sexual .  Tais ações se intensificam pela falta de visibilidade desses tipos de casos. Naturalmente as mulheres já são julgadas e vistas como inferiores, então dizerem que sofreram com tal tipo de violência é muito mais difícil, e alguns poucos casos nos quais conseguem visibilidade, muitos dizemos que a mulher em questão está se vitimizando e usando a situação para ficar conhecida, subir de cargo, ou como desculpa para outras ações como a depressão e o suicídio, outros temas também polêmicos. Porém, apenas quem sobreviveu a um abuso sabe das reais conseqüências físicas e psicológicas causadas. Portanto fica claro que em nenhuma circunstancia o estupro é justificado e também de forma alguma é culpa da vítima, contudo tais atitudes não pararam com simples conscientizações. É preciso divulgar os milhões de casos que ocorrem todos os dias, chamar atenção para o fato de que a cultura do estupro não pode ser normal, e só a mídia tem o poder de divulgar e mostrar ONGs de apoio às sobreviventes e com novelas, reportagens, debates , campanhas , difundir quão grave é esse crime, pois já existem leis , mas as denúncias não correspondem aos fatos.