Materiais:
Enviada em: 23/08/2017

"Cultura" define características sociais de um povo e há inúmeras discussões questionando se é politicamente correto atribuir este conceito à um crime hediondo e a relação da população com o mesmo. Em um país que apresenta a maior parte das vítimas de estupro sendo mulheres, crianças e adolescentes a segurança destes é um direito, não um privilégio. Entretanto, a mentalidade da população não está de acordo com a proteção de minorias e ouvir algo como "ela pediu por isso" se tornou comum em nosso dia a dia, já que o senso comum muitas vezes contraria o respeito.   As estatísticas apenas nos levam a crer que o Brasil está se tornando um país perigoso, sem compaixão e empatia, onde lutamos para sobreviver nas ruas de nossas cidades e até mesmo dentro de nossas casas com o constante medo de sermos julgados e violentados por aqueles ao nosso redor.  Os casos de estupro abertos ao público são poucos, pois levam em conta a privacidade da vítima, a qual muitas vezes é apenas uma mulher aterrorizada. A violência e a pressão psicológica contra a mulher está presente nos lares, nas escolas, nas ruas e na Internet. Muitas vezes aqueles que espalham um discurso de ódio são menores de idade influenciados por seus pais e colegas, por exemplo.  Um dos papéis da escola é oferecer uma educação igualitária à todos, visando diminuir a repressão sofrida pelas mulheres nas escolas e universidades. E do estado, garantir que o discurso de ódio seja neutralizado, para que assim, as mulheres de nosso país possam caminhar livremente pelas ruas e conviver tranquilamente com seus familiares e colegas sem o medo constante de serem violentadas.