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Enviada em: 02/08/2017

A cultura do estupro é o termo usado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio e normaliza o comportamento violento dos homens.               No Brasil, as mulheres  são abordadas por homens todos os dias. Isso ocorre nas ruas, no trabalho, na escola, no transporte público etc. Os homens, ao se sentirem à vontade para abordar as mulheres em qualquer  lugar. Atualmente, o assédio sexual é configurado como crime, é considerado uma forma de agressão que deve ser coibido e denunciado.              A cultura do estupro é justamente, a aceitação do comportamento machista e sexista. Os homens não precisam responder por seus atos de violências sexuais ou não cabe apenas a mulher ter um bom comportamento como forma de proteção, essa vítima carrega as cenas pro resto da vida, e sabe-se lá se um dia vai recuperar dos múltiplos traumas que  uma tortura dessa pode causar.            Penas duras não estão dando conta de inibir a violência contra a mulher.O que são punidos não aprendem, continuam fazendo atrocidades.Piadas sobre estupros, que são comuns, a presença do estupro na mídia, comentários, músicas, novelas e seriados que vão, de certa maneira, normalizando a presença do estupro na sociedade.A culpabilização da vítima expõe a vida da vítima, relativiza o ato do agressor e ignora que estupro não é algo que se justifica.       Os julgamentos feitos do comportamento da vítima se baseiam em machismo: comentam sobre a roupa que a vítima usava, onde ela frequentava, a vida sexual dela, o horário em que ela estava fora de casa. Julgar o comportamento da vítima e culpá-la pela violência que sofreu é retirar o estuprador do foco, sendo que ele é o criminoso e desacreditá-la.        Em virtude do que foi mencionado, lidar com o problema da prevenção de crimes de estupro demanda um trabalho de base, que se inicia na educação das crianças tanto por pais, quanto pelo Estado. Este deve valer-se de seus poderes para aplicar a devida punição aos infratores, mas principalmente, utilizar-se de suas instituições para a disseminação de uma cultura de igualdade entre os gêneros