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Enviada em: 22/08/2017

No livro "A Guerra dos Tronos", do escritor norte-americano George R. R. Martin, Daenerys Targaryen, enquanto menina, é vendida ao bárbaro Drogo, que a estupra. No decorrer da história, a personalidade forte de Daenerys faz com que ela conquiste o respeito de seu novo marido, mostrando a ele sua força. Contudo, fora das páginas literárias, geralmente não é tão fácil para a vítima livrar-se dessas agressões, fazendo-se, portanto, de vital importância o combate à cultura do estupro, uma vez que esse paradigma subjuga as mulheres perante aos homens, matando-as aos poucos.      A princípio, o "sexo frágil" tinha como único dever auxiliar o patriarca da família, tornando-as submissas aos homens. Destarte, esse patriarcado era - e, infelizmente, ainda é - o principal responsável dos abusos contra a mulher, já que a discordância na inquestionabilidade dos homens era inviável a elas. Nesse contexto, caso a mulher se rebelasse contra a figura masculina, ela seria taxada como promíscua, tornando-a inapta a se casar novamente. Por fim, ainda que essa realidade aos poucos tenha sido alterada, os resquícios delas ecoam através dos séculos, porquanto estimulando a cultura do estupro no século XXI.      Concomitantemente, a subjugação das mulheres apresenta-se como imperativo contra a segurança feminina no contexto hodierno, posto que o caráter agressivo do estupro as corroem aos poucos. Aliás, de acordo com a análise psiquiátrica atual da violência sexual, esses crimes ocorrem em torno da necessidade doentia do agressor de dominar sua vítima e não somente pelo prazer carnal. Dessa forma, o principal dano nas vítimas acontece no campo psicológico, o qual faz com que elas sejam, gradualmente, consumidas pelo ódio, pela repulsa de seu próprio corpo e por pensamentos suicidas.      Tendo em vista tais considerações, portanto, torna-se evidente a necessidade de medidas que possam combater a cultura do estupro. Para tanto, o Governo Federal deve promover meios que façam com que a mulher possa se empoderar, como  a partir do auxílio financeiro delas no ensino superior, a fim de acabar com a subjugação das mulheres no Brasil. Outrossim, ouvidorias anônimas, como o Ligue 180 contra a violência doméstica, e instituições que fornecem apoio, seja ele psicológico ou estrutural, às mulheres que estejam passando por situações deploráveis, como o estupro recorrente, devem receber o devido apoio de repartições públicas para que possam melhor propagar seu serviço à população brasileira.