Enviada em: 16/08/2017

Precisamos falar de estupro!       Recentemente foi noticiado que uma moça de 16 anos foi vitima de estupro coletivo por 30 homens numa comunidade no Rio de janeiro. O caso repercutiu muita polêmica e muito do que foi dito pelas pessoas era uma tentativa de justificar a ação dos criminosos e culpar a vitima pelo estupro que ela sofreu fazendo-a pensar em não fazer a denúncia por sentir-se constrangida, o que nos mostra como é imprescindível o combate a cultura do estupro.       Um fator que reforça a cultura do estupro é a visão da mulher como mero objeto sexual e do prazer do homem. Pensamento que é muito reforçado pelas mídias, como por meio de comerciais de cervejas com lindas mulheres de roupas curtas servindo os homens,ou através de jogos feito completamente para público masculino com as personagens semi nuas.       A cultura do estupro leva a mulher a se ver muitas vezes sem saída dos abusos que sofre, pois existe um senso comum de que a mulher de roupa curta estava "provocando" o abusador ou de que a mulher deve sempre estar a disposição do homem para satisfaze-lo sexualmente, prova disso são leis como a que diz que o homem tem o direito de fazer sexo com a esposa pelo menos uma vez por semana.       Atualmente no Brasil, uma mulher é abusada sexualmente a cada 11 minutos e mesmo assim esse crime não é visto com a devida seriedade, existe pouquíssimas delegacias da mulher, falta politicas publicas e funcionários habilitados a trabalhar com essas mulheres. Não existe também nas escolas um programa de combate a cultura do estupro, que se faz essencial visto que se a consciência popular em relação ao abuso sexual não mudar, as vitimas continuaram se vendo sem saída, assim como também faz-se necessário a criação de mais delegacias da mulher, com funcionários mais capacitados para o atendimento das mesmas.