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Enviada em: 24/08/2017

Muito se debate, hoje em dia sobre a cultura do estupro que consiste na normalização do comportamento sexual agressivo dos homens. Há séculos esse costume foi implantado e propagado sem que as pessoas se dessem conta do risco e ameaça que isso implica na vida das mulheres. Sendo assim, é necessário a análise e debate desse assunto visando ameniza-lo. Em primeiro lugar, é importante refletir sobre a distinção na criação de homens e mulheres. Desde a idade média, os homens são criados para serem pegadores e ensina-se as mulheres a "se darem o respeito", além disso, ainda foi normalizado a vontade incontrolável do homem por sexo fazendo com que qualquer ação dele seja justificada a partir dessa ideia. Outra preocupação constante, é como a sociedade reage a notícias sobre estupro. Em junho de 2016, uma jovem brasileira de 16 anos foi vítima de um estupro coletivo envolvendo 30 homens e os questionamentos sobre o crime foram voltados a vítima, ocorreram perguntas frequentes sobre a hora em que ela estava fora de casa e até mesmo sobre sua vestimenta. A partir desse fato, observa-se como o corpo social minimiza a agressão masculina em função do comportamento da vítima, com o objetivo de justificar o ato. Ainda convém lembrar sobre a hierarquia de gênero que fundamenta-se na reprodução do conceito de que o sexo feminino é frágil e inferior ao masculino. À medida que essa formulação se dissemina, entende-se que o homem tem domínio sobre o corpo feminino, fazendo com que seja ensinado as mulheres como se comportar ao invés de ser ensinado aos homens a não invadir o corpo alheio. É fundamental, portanto, a ação das famílias com o resgate de diálogos com seus filhos sobre a igualdade de gênero a fim de mudar a forma com que se cria os homens, além da ação midiática com a criação de programas que abordem esse assunto colocando mulheres como protagonistas e em posições de autoridade visando romper esse protótipo.