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Enviada em: 07/10/2017

O Brasil é um país fundado em valores patriarcais desde o seu “descobrimento”, que cria a relação de poder do homem sobre a mulher. Dessa forma, a cultura do machismo, escória do patriarcalismo, coloca a mulher como objeto de prazer e propriedade do homem, assim, causando a naturalização de vários tipos de violência, como o estupro.      A naturalização da cultura do estupro ocorre em diversos âmbitos. Pela mídia, como comerciais de cervejas, onde as mulheres são vistas como objetos sexuais, ou no ambiente familiar, onde os meninos são instruídos a se impor de forma violenta e as meninas aprendem a serem recatadas e do lar. Nesse contexto, o desrespeito contras as mulheres se cria na infância, então não devemos ensinar as garotas modos para não serem estupradas, mas sim, orientar os garotos a não estuprarem.      No Brasil, estima-se que mais de 500 mil pessoas são estupradas todo ano, porém, segundo o Fórum Brasileiro de Saúde Pública, apenas 50 mil casos são registrados ao ano. Isso acontece, pois ao invés de ajudar as vítimas, as autoridades usam argumentos como conduta delas ou até a forma de se vestirem, a fim de justificar o estupro e culpá-las pelo abuso sofrido. Nesse cenário, se realmente as vestimentas ou conduta justificassem o ato, países muçulmanos não seriam líderes em quantidades de estupros. Desse modo, um momento que era para ser de acolhimento, passa a ser constrangedor para as mulheres que lidam com tal acontecimento.    Portanto, como a cultura do estupro inicia-se na infância, pais e escolas devem combatê-la de maneira rígida, discutindo a igualdade de gênero nas esferas sociais, profissionais e sexuais almejando salários iguais, dentre outras coisas. O Governo deve criar Delegacias da Mulher em todas as cidades do país, além de oferecer treinos às autoridades, com objetivo de acolher a vítima e não julgá-la. Ademais, a mídia junto à sociedade deve lutar para afastar o fundamento machista e a objetificação da mulher, além de denunciar todos os atos de assédio ou abuso que presenciar.