É consenso que a cultura do estupro não pode ser encarada como um problema crônico na sociedade, porque isso isentaria o governo e a sociedade da responsabilidade de resolvê-lo. Dentre tantos fatores, temos: a normatização desse ato desumano e o silêncio que cala tantas vítimas pelo medo de serem julgadas. Sabe-se que apesar de tantas lutas e conscientizações sobre esse assunto, muitas pessoas ainda acham normal mulheres serem assediadas ou estupradas por estarem alcolizadas, por exemplo. Em termos psiquiátricos o estupro se qualifica como um dos crimes mais desumanos, perdendo apenas para o assassinato. Portanto, deve ser enxergado com mais seriedade. Observa-se também que a sociedade tem se desmoralizado tanto a ponto de julgar as próprias vítimas junto com seus agressores. Segundo o Anuário do Fórum de Segurança Pública Brasileira, cerca de 50 mil pessoas são estupradas no Brasil, mas esse numero representa apenas 10% dos casos ocorridos, tornando o estupro o crime mais subnotificado no Brasil. Neste caso faz-se aumentar ainda mais a ocorrência de tal ato, pois raramente há punição. Entretanto, é imprescindível o combate a cultura do estupro no Brasil e cabe ao Ministério da justiça estabelecer leis mais justas e eficazes no combate a esse crime e às ONGs de apoio à homens e mulheres vítimas de estupro organizarem palestras, diálogos e distribuição de panfletos sobre como proceder diante de tal problema.