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Enviada em: 22/10/2017

É inquestionável que a cultura do estupro está intrínseca em nossa sociedade. O que traz uma grande divergência de opiniões, principalmente entre os religiosos. Dentre tantos fatores temos: Uma estrutura patriarcal que culpabiliza a mulher e vítimas que não denunciam seus agressores. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão caminhos para combater a problemática.   Nesse sentido, vale ressaltar que a naturalização da violência sexual ocorre desde a escravidão. Quando as negras escravizadas tinham seus corpos desrespeitados pelos donos de fazenda com a justificativa de que elas se ofereciam. Não obstante, essa cultura perversa permanece até hoje quando grupos mais conservadores questionam se a mulher provocou ou que roupa ela estava usando.   Além disso, segundo o IPEA apenas 10% das mulheres denunciam seus agressores, é evidente que isso aconteça porque as vítimas não se sentem seguras denunciando seus algozes. Por medo de serem julgadas ou sofrer algum tipo de constrangimento maior, como ter seus relatos postos em dúvida até mesmo por quem deveria proteger e acolher que são os policiais que não dão o apoio necessário e não investigam as acusacões.   Em vista dos fatos elencados, faz-se necessário medidas que resolvam essa questão. A polícia civil precisa criar uma ouvidoria pública online que receba denúncias anônimas de casos de estupro, e investigue-as de maneira que venha a preservar a identidade de quem fez a denúncia e a integridade da vítima. Outrossim, também é necessário que haja direcionamento escolar por meio do Ministério da Educação ao aprendizado sobre respeitar as meninas independente de que roupa estejam usando. Dessas e de outras formas iremos contra a derrota que, segundo Jean Paul Sartre, é o que a violência é de qualquer maneira que se manifeste.