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Enviada em: 22/10/2017

Simone de Beauvoir afirmou no "segundo sexo": "a humanidade é masculina e o homem define a mulher (...) relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo. Daí dizer-se que (...) ela se apresenta diante do macho como um ser sexuado". Com isso, não só a imagem feminina é objetificada, como também o seu papel social subjugado, o que contribui para uma cultura do assédio feminino no Brasil, que além de constranger, causa um sentimento de impotência na mulher. Por isso, para assegurar o respeito e a liberdade feminina, intervenções são necessárias.     O patriarcalismo, surgido no Brasil, desde os tempos coloniais, credita a análise de Beauvoir, visto que, esse sistema, condiciona o papel da mulher à um conjunto de regras de condutas morais e sexuais, impostas por essa "humanidade masculina". Tal fato contribui para uma naturalização da violência- tanto física, quanto psicológica- , sendo, então, o assédio uma das principais formas, posto que 99,6% das mulheres já foram assediadas nas ruas.     Ademais, em consonância com o que foi descrito acima, esse sistema culpabiliza a vítima pelo mal sofrido, justificando-o, por exemplo, pelas roupas que ela trajava ou por um comportamento inoportuno, práticas que se disassociam desse conjunto de regras morais e sexuais. Em vista disso, muitas mulheres preferem mudar ou limitar suas rotas, além de mais de 80% preferirem trajar roupas diferentes a fim de evitar o constrangimento e de serem julgadas. Logo, acabam limitando suas liberdades.     Infere-se, portanto, que essa cultura fere a dignidade das mulheres e limita suas liberdades. Por isso, a fim de promover a igualdade de gêneros, a escola deve propiciar aulas e palestras que demonstrem o valor social de cada gênero e a importância de respeitá-los para a construção de uma sociedade mais justa. Ademais, a mídia, como formadora de opiniões, deve condenar a objetificação feminina, além de exibir documentários e propagandas que valorizem o papel da mulher. Além disso, o Senado deve aumentar a pena para o assédio como forma de reduzir esses tipos de casos e de assegurar a autonomia e liberdade da mulher. Assim, a partir dessas medidas, ter-se-à uma sociedade mais igualitária e justa.