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Enviada em: 12/04/2018

Na mitologia grega, era considerado normal humanas serem estupradas por deuses. Hodiernamente, a população feminina sofre, desde jovem, com a cultura do estupro: A normatização do assédio. Homens constrangem-nas, molestam-nas e, em muitos casos, estupram-nas. No entanto, a cultura é algo mutável. Logo, é possível e imprescindível que tal “manifestação cultural” seja combatida.        É fato que a cultura do estupro culpabiliza a vítima - acusam-lhe, por exemplo, de trajar roupas provocantes ou de embriaguez. Logo, o sentimento de culpa desencoraja a denúncia e por isso, os dados só representam 10% da realidade, o que camufla a urgência. Além disso, segundo a BCC, 70% dos crimes são feitos por familiares. Assim, seus membros tendem a desacreditar da vítima. Nesse cenário, o assediado tende a sofrer em silêncio, o que acarreta graves problemas psicológicos.     Não obstante, quando ocorre a denúncia, há a negligência das autoridades. Não só menosprezam assédios ditos “pequenos”, como os verbais, como também não se empenham em investigar e castigar os criminosos, que ficam livres para fazerem mais vítimas. Afinal, ser "elogiada" nas ruas é tido como banal. Assim, é evidente que o assédio é tratado como uma normalidade.        Fica claro, portanto, que a cultura do estupro está impregnada na sociedade. Logo, o Ministério da Educação deve incitar escolas a educarem, por meio de debates e palestras, a respeito dos limites pessoais, além de os induzirem a não calarem-se diante de um assédio. Além disso, a mídia deve promover campanhas para incentivar a denúncia, com propagandas e instruções. E, por fim, o governo deve fundar casas de refúgio para vítimas de suas próprias famílias. Dessa forma, a cultura do estupro se amenizará gradualmente.