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Enviada em: 19/10/2018

A Semana de Arte Moderna, de 1922, foi um dos maiores eventos culturais do país, ocorrida na cidade de São Paulo, visto que a ruptura com ideais do fazer artístico revolucionou a arte brasileira. Nesse viés, nota-se a importância de obras análogas, como cinemas, teatros e museus, na preservação da diversidade cultural como identidade brasileira. No entanto, percebe-se a extrema perca de valores culturais, seja por descaso estatal ou civil, logo, mudanças urgem nesse alarmante cenário de retrocesso.    Em primeira análise, deve-se pontuar que, com o advento da Globalização, a entrada maciça da cultura estadunidense no Brasil, seja por filmes ou obras artísticas, propiciou a desvalorização da cultura brasileira, esmagada pela indústria internacional. Soma-se a isso, o descaso estatal na preservação do multiculturalismo nacional, visto que o ínfimo investimento no ensino da cultura, em escolas e universidades, acarreta no desconhecimento estudantil, além de muitas infraestruturas culturais estarem sucateadas. Afinal, o incêndio no Museu Nacional, em 2018, devido à falta de verbas públicas, evidencia a negligência da União, perpetuando a perda de inúmeros acervos.    Além disso, vale salientar que já afirmava o sociólogo Bauman, que a modernidade líquida traz a fragilidade dos laços humanos. Sob essa ótica, nota-se o constante invisualismo, principalmente dos jovens, que não se interessam pela cultura de seus ancestrais, haja vista o descaso de muitos em conhecer lendas e folclores, pois são vistos como irrelevantes. Portanto, a progressiva perda da identidade nacional, infelizmente, exponencia-se.    Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre União e Ministério da Educação, tendo em vista o subsídio, mediante leis, da criação de cadeiras integrativas, em todas as escolas e universidades públicas, sobre o multiculturalismo nacional, no intuito de informar os estudantes da importância desse aprendizado. Ademais, o Poder Público deve expandir os investimentos, com a arrecadação de impostos, na preservação e criação de setores culturas em todo o país, haja vista a oportunidade do cidadão conhecer museus e teatros, mantendo-se assim a cultura nacional intacta.