Materiais:
Enviada em: 09/02/2019

“O que é o homem para o homem? Nem um lobo, nem um Deus, mas efeito da cultura”. Esse pensamento da psicanalista alemã Nathalie Zaltsman leva a refletir sobre os comportamentos sociais enraizados na história que suplantam o bem comum. Nesse , o cenário nacional confirma que apesar de uma miscigenação extraordinária, ainda há desafios para a preservação da identidade nacional, já que os brasileiros sofrem com o preconceito e desvalorização de inúmeros costumes, uma vez que a sociedade e as instituições de ensino acabam por negligenciar tais assuntos.          Na corrente desse pensamento, cabe salientar que, durante a Semana de Arte Moderna, o teatro municipal de São Paulo recebeu artistas das mais diversas categorias que estavam dispostos a romper com o tradicionalismo e realizar produções de caráter nacional. Em contrapartida, mesmo com uma idealização de uma cultura propriamente dita brasileira, o Estado passou a agir com displicência ao não valorizar os costumes nacionais,haja vista, o escasso investimento nesse setor, como por exemplo o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Dessa forma, a negligencia Estatal precisa ser vencida para a preservação da identidade cultural brasileira.             Outra perspectiva, a qual merece devido destaque, diz respeito ao pensamento do filósofo alemão, Friedrich Hegel, o qual afirma que a concepção de cultura está relacionada ao comportamento do homem, representando assim a sua relação com os elementos que compõem sua existência. Dessa maneira, a importância da preservação cultural não se refere somente à consolidação de uma sociedade, mas também à sua função como constituinte da identidade de uma nação. É indubitável, que a influência da mídia por meio dos jogos, filmes e músicas, a valorização dos produtos estrangeiros e a falta de conhecimento sobre as próprias raízes são alguns fatores que interferem na desvalorização da cultura de um determinado local.              Buscar respostas para essa problemática é de responsabilidade social. Em primeira instância, cabe ao Ministério da Educação intensificar as disciplinas de história e sociologia nos ensinos fundamentais e médios das escolas municipais e estaduais, por meio de palestras, debates e documentários, com o fito de mostrar a importância dos patrimônios históricos. Ademais, o Ministério da Cultura, em conjunto com a mídia, promover a valorização da multiplicidade de crenças, tradições e normas do território nacional, por meio de incentivos fiscais às emissoras de televisão que apresentarem programação educativa que exponha as diversas manifestações culturais, com o fito de instruir o público que já não frequenta mais a escola e promover a preservação cultural.