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Enviada em: 19/03/2019

A cultura popular, composta pelo conjunto de costumes, crenças e valores de um povo, é fundamental para construção e transmissão de sua história. No entanto, percebe-se que, no Brasil, esse ideário está longe de ser estabelecido; haja vista que, a desvalorização da cultura predomina na sociedade contemporânea. Isso se deve, principalmente, pelo descaso governamental e, ainda, pelo estigma de superioridade.    Em primeiro plano, é imprescindível ressaltar como a carência de medidas públicas contribui para a problemática. Isso porque, poucos recursos são destinados pelo Estado à construção de teatros e museus em pequenos municípios, de  maneira a deixar as ferramentas culturais restritas a grandes centros urbanos. Ademais, o patrimônio histórico e cultural brasileiro não possui projetos de restaurações adequados, os quais são primordiais para sua conservação. Dessa maneira, não é de se espantar que, tristemente, em 2018, o Museu Nacional do Rio de Janeiro sofreu um incêndio, a causa é, principalmente, o descaso. Diante disso, é fato que a valorização da cultura não é prioridade dos governantes.           Além disso, o preconceito apresenta-se como outro fator preponderante para não efetivação do pressuposto. A respeito disso, sabe-se que, durante o século XlX, a ciência criou o conceito de determinismo biológico, utilizado para legitimar o discurso intolerante de inferioridade de grupos minoritários. Nessa perspectiva, muitas culturas sofrem com a desvalorização, a exemplo de matrizes africanas que são frequentemente estigmatizadas. Desse modo, medidas para solucionar essa realidade tornam-se fundamentais.    Portanto, cabe ao Estado, a preservação dos patrimônios históricos- por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Cultura- com o fito de  prevenir casos como o do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Ademais, o Ministério da Educação, em conjunto com as escolas, devem promover a integração da cultura brasileira em âmbito escolar, por meio de palestras, seminários e viagens aos lugares históricos, para que os alunos aprendam a valorizar esses costumes. Por último, é fundamental que instituições sociais como ONG's, por meio de anúncios- a exemplo de propagandas televisivas- conscientizem a sociedade sobre a importância de respeitar a pluralidade cultural, a fim de que haja cidadãos menos intolerantes. Para, assim, mitigar o atual panorama.