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Enviada em: 16/10/2019

Representação da nação   Na obra ''Raízes do Brasil'', Sérgio Buarque de Holanda descreve o brasileiro como um ''homem cordial'', isto é, que age pelo coração e pelo sentimento, preferindo as relações sociais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais. Essa visão, embora genérica, evidencia uma das diversas manifestações da cultural histórica da nação como fonte de identidade, aliada ao importante reconhecimento que aprimora talentos e desenvolve o país. Logo, é imprescindível valorizar a cultura nacional.    A priori, é imperioso destacar que a análise do comportamento social, apesar de negligenciada muitas vezes, constrói, desde o passado pré-colonial do Brasil ao cenário contemporâneo, uma identidade e significado singular do país. Isso porque, embora haja divergências regionais, a maneira integrada e reunida de costumes, línguas e arte agrega significado para uma população e faz possível a denominação e caracterização da nação de forma internacional. Como exemplo, a obra ''O Abaporu'', elogiada mundialmente, da artista Tarsila do Amaral, revela uma complexa e instigante forma de se pensar a liberdade de expressão e uma maneira, também, de crítica social. Desse modo, a produção artística ultrapassa territórios e concede a caracterização nacional.     Em segunda análise, além da cultura simbolizar as peculiaridades de um país, sua valorização e seu devido merecimento são responsáveis pelo incentivo intelectual produzido dentro da nação. Isso se torna mais claro, por exemplo, ao se observar a imprescindível Lei Rouanet, a qual o abatimento de impostos de empresas é proporcionado pelo fomento à cultura. Diante disso, esse patrocínio não só promove a produção da arte e o consequente retrato da sociedade como também desenvolve um meio de expressão, retrato e denúncia social. Com base nisso, faz-se mister a produção e valorização cultural do Brasil bem como aprimorar o apoio financeiro.    Depreende-se, portanto, a fundamental necessidade de reconhecer a cultura nacional. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação - ramo responsável pela formação civil, inserir nas escolas, desde o Ensino Fundamental, uma matéria exclusiva que trate da criação artística de autores brasileiros com o intuito de, além de divulgar para a sociedade os trabalhos nacionais, legitimar a cultura do Brasil e dar seu devido valor. Ademais, para incentivar, de forma incessante, o desenvolvimento artístico e intelectual do país, o governo deve, ainda, promover parcerias público-privado, por meio de incentivos fiscais, para patrocinar os autores da cultura popular. Quiçá, assim, o Brasil reverter-se-á em mais símbolos representativos, englobando não somente denominações genéricas de ''homem cordial'' bem como incorporando diversas e autênticas características peculiares regionais.