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Enviada em: 30/07/2017

A história do Brasil, desde o período colonial até os dias atuais, foi marcada por várias tentativas de busca e consolidação cultural. Por se tratar de um país extremamente miscigenado, monopoliza-lo com apenas uma cultura não é algo cabível, e, por conseguinte, a dificuldade em conquistar tal objetivo aumenta. Desse modo, o legado histórico-cultural é relevante de ser discutido. Segundo a história, o Brasil passou por um processo de reprodução da cultura europeia durante a colonização, além de uma tentativa de construção frustrada durante o período romântico, até finalmente chegar ao modernismo e a globalização e concluir o seu objetivo. Hoje, é notável que os próprios brasileiros não valorizam a sua cultura, preferindo os hábitos importados, uma realidade que precisa ser mudada.        Primeiramente, é válido destacar a influência exercida por outras nações sobre a brasileira. Parafraseando o jornalista Euclides da Cunha: não há originalidade na cultura brasileira, afinal, o país é composto por uma ‘’fauna de copistas’’. Levando em consideração que elementos vitais divulgados com o título de extremamente brasileiros como o futebol -criado na Inglaterra-, ou até mesmo o código civil -derivado da civilização grega-, não são totalmente nacionais, o jornalista, ao afirmar a falta de originalidade brasileira, pode estar correto. Contudo, através da globalização, não existe hoje uma cultura totalmente pura, todas as nações são emprestadoras culturais, isso não significa que nenhuma delas tenha identidade, pelo contrário, talvez essa síntese seja a virtude da cultura brasileira.         Em segundo lugar, é importante afirmar que o Brasil contém uma cultura rica e diversificada. Com dimensões continentais e variedade de povos, o Brasil se destaca entre os países da América do Sul, seja por sua população altamente receptiva ou por simples elementos culturais como a comida, música e danças regionais. Contudo, a ignorância da população acerca do próprio país, reflete nos povos internacionais uma desvalorização da brasilidade, o que resulta em um complexo de superioridade das outras nações em relação ao Brasil. O cinema brasileiro é um exemplo da desvalorização nacional, por mais que o filme tenha uma boa crítica, o cinema estrangeiro é priorizado em detrimento do nacional.       Fica clara, portanto, a necessidade de uma maior valorização da cultura nacional. Através de projetos de expansão cultural como: feiras de cinema, museu, teatro -o teatro pode integrar-se aos passeios nos museus, criando um ambiente dinâmico durante a visita-, música e comida, o Estado deve intervir levando as pessoas a conhecer a própria história. A mídia, como meio persuasivo, através de programas temáticos e entrevistas com especialistas, deve difundir a história, motivando a população a adquirir conhecimento. Para que assim, com o aumento do contato -presencial ou intelectual- o brasileiro encontre e valorize a sua verdadeira identidade.